domingo, 27 de dezembro de 2015

(2015-12) - Pelos caminhos do Tejo [Passeio]

De Belver a Constância

Dia 24 de Dezembro já começa a ser tradição minha e de um amigo sair bem cedo para uma volta de bicicleta fora do nosso "quintal".

O ano passado a volta foi "A conquista do ponto mais alto dos concelhos de Mafra e Loures"... este ano decidimos percorrer os "Caminhos do Tejo".

Track´s e Informação

- Dados:

Distância: 79 km

Acumulado +: 1.390 m
Altitude Máxima: 211 m

Hora de Partida: 6:30
Hora de Chegada: 17:30
Duração (a pedalar): 05:26

Temperatura:
 9 - 13 ºC

Vel. Média (sem paragens): 14,5 km/h

"Etapa 1" - Casa-Estação (ferroviária) de Santarém - 6 km

Acordar ainda de noite e sair de cada a pedalar por volta das 6:30. Para minha surpresa a temperatura não desceu dos 9ºC (superior aos 4-6ºC dos dias anteriores).

"Etapa 2" - Belver -> Arribas do Tejo

Antes de começarmos a percorrer os "Caminhos do Tejo" também nos chamou a atenção um percurso denominado "Arribas do Tejo". Desconfiávamos que seria um percurso pedestre mas resolvemos arriscar principalmente devido a uma ponte suspensa.

O percurso iniciava-se na barragem de Belver e não em Belver propriamente dito pelo que começámos a fazer o track ao contrário.

Começámos o percurso a subir em direção ao Castelo de Belver:


Devido ao tempo bastante enevoado as fotos não são as melhores... vista do topo:




De seguida dirigimo-nos para o local da ponte suspensa:


Como dá para perceber, devido ao musgo e a humidade a pedra estava extremamente escorregadia. Tivemos de ter alguma atenção até chegar ao local pois o caminho nem sempre é por um passadiço de madeira. 





Apesar da ponte ser relativamente nova (este percurso, aparentemente, não chega a ter 3 anos) já merecia alguma atenção:


O caminho seguia por aqui:


Como o piso estava extremamente escorregadio e teríamos de levar as bicicletas às costas decidimos voltar para trás.

"Etapa 3" - "Caminhos do Tejo": Alvega -> Constância

Saímos da ponte suspensa em direção à Alvega onde se encontra o inicio do 2º track.

Praia fluvial de Alvega:


Em termos de terreno o percurso foi geralmente assim...


... mas infelizmente nem sempre tão perto do rio quanto imaginava. Em algumas zonas o trajeto faz uma espécie de U em que se desce em direção ao Tejo para o "espreitar-mos" mas, de seguida, sobe-se regressando novamente ao interior. O percurso passa também junto à central termoelétrica do Pego que queima carvão para produzir energia elétrica. Não achei que fosse um local muito agradável para se estar.

Da central até Abrantes já foi um percurso com melhor vista para o rio e com mais uma ponte curiosa:


As descidas continuavam rápidas e acessíveis mas em algumas delas já se encontrava alguma pedra.
Antes de Abrantes gostei de uma zona em que se tem de atravessar um pequeno ribeiro. Deu para passar (a pedalar) sem problemas mas não me escapei de molhar os pés.

Já a passar a ponte para Abrantes...


...e já na zona do Castelo com o céu nublado a não facilitar a foto:

Ao fundo ainda é possível ver a central do Pego.

Já fora de Abrantes:


A partir daqui comecei a achar o percurso desinteressante: praticamente plano e sem grande paisagem (terrenos agrícolas). Além disso fomos obrigado a trepar uma barreira bastante inclinada com as bicicletas às costas.

Aqui a zona que tivemos de atravessar...


...com uma barreira íngreme de 3/4 metros para escalar. Ainda deu para nos rirmos um bocado com a nossa aselhice a subir.
Foto de cima para baixo:


Paisagem já em estradão após atravessarmos os terrenos agrícolas (que faziam parte do track):


Já no nossa "destino": Constância






Pequeno parque e esplanada à beira Tejo que só peca pela vista para uma fábrica de celulose (imagem do google; fonte: http://www.pai.pt/).

"Etapa 4" - Constância -> Casa:

Constância marca o fim do track mas não o fim da nossa viagem. Seguimos ainda para Praia de Ribatejo onde apanhámos o comboio de regresso a casa.

-Resumo
Mesmo não sendo um track sempre de olhos para o Tejo achei o percurso até Abrantes relativamente interessante. A partir de Abrantes, a meu ver, talvez valha mais a pena seguir o track "alternativa sul do Caminho do Tejo". Infelizmente não dava para fazer os dois mas pretendo conhece-lo um dia destes.

Por lapso acabámos também por não percorrer o "passadiço do Alamal". O objetivo seria que este servisse de ligação entre os track´s "Arribas do Tejo" e "Caminhos do Tejo" mas como desistimos do 1º acabámos por seguir por outro lado. Ainda assim, vimo-lo ao sair da estação de Belver e, pela proximidade ao Tejo, parece valer a pena.

Foto:

Fonte: http://www.omeualentejo.com/


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(2015-10) - PNSAC [Aventura]

No reino da pedra

Saí de casa ás 7:15 (+/-) em direção a São Vicente do Paul onde se iniciava o track delineado pelo grupo "Longas" com a minha ajuda e restantes membros do fórumbtt. Chegando lá foi conversa daqui, conversa dali, comer qualquer coisa até à altura de nos pormos a caminho.

De inicio desviamo-nos um pouco do track inicialmente planeado (devido ao caminho estar fechado) seguindo sempre perto do Rio Alviela por caminhos de Ovelhas (single track´s) bastante interessantes e com algum sobe e desce.
Um pouco mais à frente retomamos o track e fomos dar aos olhos de água... parámos um bocado, tiramos umas fotos e sempre se aproveita para comer qualquer coisa para repor energia: a subida que se seguia metia algum respeito.

Ao quilometro 30 (desde que saímos de S. Vicente do Paul) já levávamos 1.000 e poucos metros de acumulado. Foi, salvo erro, mais ou menos por essa altura que começou a subida para a serra com uma bela amostra do que do que nos iria acompanhar no restante percurso: pedra e mais pedra. Chegando finalmente lá acima (nesta altura já todos de manga curta e bem quentinhos) deu para parar um pouco, tirar mais umas fotos e pensar no almoço estaria quase (e que seria em Porto de Mós +/- a 20 kms dali).

Foi então nesse trajeto que passámos pela mítica Costa de Alvados: uma paisagem única e de incontestável beleza. Sem dúvida a zona mais marcante de todo o percurso. Já depois da Fórnea começamos a descer mas desta vez enganamo-nos no track acabando por seguir um outro caminho. A descida foi feita constantemente em cima de calhau e cheguei cá abaixo com algumas dores: não propriamente nos pulsos mas nas palmas das mãos.

Depois do almoço numa esplanada no parque de Porto Mós (sem dúvida um bom sitio para relaxar) e de uma visita rápida ao Castelo da cidade foi altura de voltar novamente a subir. A partir daqui, dada a dureza do terreno e do percurso em si o meu ritmo começou a diminuir... do lado de Serro Ventoso basicamente andámos de topo em topo até finalmente chegarmos ao Arrimal onde parámos para descansar, beber uma água das pedras (para ajudar à digestão do almoço) e para resolver um ou outro problema mecânico (furos e um pequeno corte num pneu).
Por essas razões (para além de já estar a ficar tarde) decidimos subir novamente depois do arrimal não pelo trilho mas por estradão com menos pedra descendo depois já pelo track indo assim ter a Alcanede.

Nessa altura, precisamente por ser tarde, estar roto e não querer atrasar o "comboio" (era o mais cansado do grupo), decidi seguir diretamente para Santarém (poupando assim uns 20 kms).

Acabei por chegar a casa (já depois das 20h) com o conta-kms a marcar 133 kms e 2 860m de acumulado positivo.
Mas para mim o mais difícil nem foram os quilómetros ou o acumulado (apesar de nunca antes ter feito tanto)... foi mesmo a dureza do terreno.

Se valeu a pena? Sem dúvida que sim... e sem dúvida que quero voltar ao PNSAC.


Fotos:


Já na serra de Candeeiros:

A mítica "Costa de Alvados":

Já em Porto de Mós:
Ao fundo é possível ver o estradão de terra por onde começámos a subida.